O que é Educação Financeira na Escola e como se conecta à BNCC?

Em um mundo cada vez mais complexo e repleto de estímulos ao consumo, formar cidadãos conscientes e capazes de tomar decisões financeiras responsáveis deixou de ser um diferencial: tornou-se uma necessidade. É nesse cenário que a educação financeira nas escolas ganha protagonismo. Mas afinal, o que é educação financeira na escola? E como essa temática se conecta à BNCC (Base Nacional Comum Curricular)?

O que é Educação Financeira na Escola?

A educação financeira escolar vai muito além de ensinar a “fazer contas” ou calcular troco. Trata-se de um processo formativo que desenvolve competências, atitudes e comportamentos relacionados ao uso consciente do dinheiro e à compreensão de questões econômicas do cotidiano. Desde cedo, os estudantes passam a compreender conceitos como planejamento, consumo responsável, poupança, investimentos, trabalho e cidadania financeira.

Nas séries iniciais, isso se traduz em ações simples e significativas: comparar preços, identificar desejos e necessidades, entender a origem do dinheiro e refletir sobre escolhas de consumo. Já nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, os temas se aprofundam, abordando empreendedorismo, crédito, orçamento, economia doméstica e sustentabilidade financeira.

A proposta é desenvolver habilidades socioemocionais e cognitivas que permitam aos estudantes fazer escolhas mais conscientes, éticas e sustentáveis ao longo da vida. Ou seja: não é sobre ensinar a enriquecer, mas sobre formar cidadãos autônomos, críticos e responsáveis.

Como a Educação Financeira se Conecta à BNCC?

A BNCC, documento normativo que orienta os currículos das redes públicas e privadas de ensino no Brasil, reconhece a educação financeira como uma temática transversal. Isso significa que ela permeia diferentes componentes curriculares, como Matemática, Geografia, Ciências Humanas e Ensino Religioso, contribuindo para o desenvolvimento integral dos alunos.

A BNCC está estruturada em dez competências gerais e, entre elas, destaca-se a Competência 6, que trata do “trabalho e projeto de vida” e incentiva a valorização do empreendedorismo e da educação financeira. Além disso, outras competências, como a Competência 8 (autoconhecimento e autocuidado) e a Competência 9 (responsabilidade e cidadania), também dialogam diretamente com os objetivos da educação financeira.

Veja como a educação financeira está alinhada às competências da BNCC:

  • Matemática: leitura e interpretação de gráficos, tabelas, porcentagens, operações com dinheiro, planejamento de gastos e análise de custos.
  • Ciências humanas: relações de trabalho, consumo consciente, análise de realidades socioeconômicas e desigualdade social.
  • Projeto de vida e ensino religioso: valores, ética no consumo, escolhas responsáveis e visão de futuro.

Esse alinhamento garante que a educação financeira não seja tratada como um conteúdo isolado, mas como um tema estruturante, que fortalece o protagonismo dos estudantes e os prepara para os desafios do mundo real.

Por que Priorizar a Educação Financeira na Escola?

  1. Formação cidadã: prepara o estudante para lidar com os desafios financeiros da vida adulta.
  2. Redução da desigualdade: contribui para a quebra do ciclo de endividamento e exclusão social.
  3. Autonomia e planejamento: promove o desenvolvimento de hábitos saudáveis desde a infância.
  4. Educação para o futuro: forma indivíduos mais preparados para pensar criticamente, planejar objetivos e buscar alternativas de crescimento pessoal e coletivo.

A contribuição da Munera

A Munera acredita que transformar a educação é um ato de responsabilidade social. Por isso, desenvolvemos materiais didáticos, projetos e formações voltados à educação financeira alinhada à BNCC, com linguagem acessível, abordagem interdisciplinar e foco no protagonismo estudantil.

Com a coleção Luca e o Dinheiro, por exemplo, promovemos vivências que estimulam o pensamento crítico, a colaboração e a tomada de decisão consciente — sempre respeitando a faixa etária e o contexto sociocultural dos estudantes da rede pública.

Veja também