Como conectar alunos ao mundo real: 5 dicas para abordar a Educação Financeira

Aprenda como implementar a temática de forma prática e contextualizada em suas aulas, seguindo as diretrizes da BNCC, e prepare os alunos para tomarem decisões mais conscientes no dia a dia.
A educação financeira é um tema cada vez mais relevante nas escolas brasileiras, especialmente com a inclusão dessa disciplina na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para os professores, o segundo semestre pode ser o momento ideal para intensificar o trabalho com esse tema, preparando os alunos para lidar com questões do cotidiano de forma mais consciente e responsável. Separamos cinco dicas práticas para ajudar os educadores a integrar a educação financeira em suas aulas, de maneira engajante e significativa.
 
1. Use exemplos do dia a dia dos alunos
A BNCC destaca a importância de contextualizar o ensino de finanças com a realidade dos alunos. Comece trazendo situações comuns ao cotidiano deles. Por exemplo, você pode iniciar uma discussão sobre como organizar uma mesada, o planejamento de uma festa de aniversário ou mesmo a gestão de gastos com jogos e aplicativos. Esses exemplos ajudam a tornar o conteúdo mais palpável, além de promover a reflexão sobre escolhas financeiras.
 

Exemplo prático: durante a aula, peça para os alunos listarem todas as despesas que fariam se recebessem R$ 50 por mês. Depois, juntos, analisem essas escolhas, destacando necessidades e desejos, além de discutir alternativas para economizar.

 
2. Simulações de situações reais
A BNCC enfatiza o desenvolvimento de competências como o pensamento crítico e a resolução de problemas. Uma excelente maneira de fazer isso é promover simulações de situações reais. Crie cenários nos quais os alunos precisem tomar decisões financeiras, como planejar uma viagem ou administrar um pequeno negócio fictício. Essas atividades ajudam os alunos a aplicarem conhecimentos matemáticos e a desenvolver habilidades de planejamento e previsão.
 
Exemplo prático: organize uma atividade em que os alunos tenham que administrar uma “empresa” de sucos na escola. Eles precisam calcular custos de produção, definir preços e planejar como alcançar o lucro desejado. No final, promovam uma reflexão sobre as decisões tomadas e o impacto dessas escolhas.
 
3. Integração com outras disciplinas
A interdisciplinaridade é um dos princípios da BNCC. Aproveite essa diretriz para integrar a educação financeira com outras áreas do conhecimento, como matemática, português e história. Ao trabalhar com gráficos de gastos, por exemplo, você pode explorar conceitos matemáticos. Ao discutir o consumo consciente, é possível conectar o tema com questões históricas e sociais, como a sustentabilidade e a economia circular.
 
Exemplo prático: em uma aula de matemática, proponha a criação de gráficos que representem a distribuição dos gastos em uma família fictícia. Essa atividade, além de trabalhar conceitos de porcentagem e proporção, pode abrir espaço para discutir a importância do planejamento financeiro familiar.
 
4. Incentive projetos de empreendedorismo
Segundo a BNCC, o ensino deve estimular a criatividade e a inovação. Incentive seus alunos a desenvolverem projetos de empreendedorismo, como a criação de produtos ou serviços que possam ser ofertados na escola. Isso não só ensina conceitos de educação financeira, mas também desenvolve habilidades como a resolução de problemas, a cooperação e a comunicação.
 
Exemplo prático: proponha aos alunos criar e vender produtos artesanais em uma feira na escola. Eles deverão calcular os custos de produção, definir preços de venda e gerenciar o orçamento. Além disso, podem planejar estratégias de marketing e refletir sobre os impactos social e ambiental dos produtos.
 
5. Exploração de recursos digitais e tecnológicos
A BNCC sugere o uso de tecnologias digitais como parte do processo de ensino-aprendizagem. Utilize aplicativos, jogos online e plataformas interativas que abordem a educação financeira de maneira lúdica. Esses recursos podem ser grandes aliados para engajar os alunos, além de permitir o acompanhamento do progresso de forma personalizada.
 
Exemplo prático: utilize um aplicativo que simula a gestão de finanças pessoais, onde os alunos possam gerenciar “orçamentos” fictícios. Essa ferramenta pode ajudar a ilustrar conceitos como poupança, investimentos e juros, de maneira dinâmica e acessível.

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